Plano de Mobilidade Urbana – Relatório 04: Prognóstico

O Relatório 04 apresenta o Prognóstico da Mobilidade Urbana de Tangará da Serra, etapa que projeta cenários futuros, avalia tendências e aponta os principais desafios e oportunidades para orientar as propostas do Plano de Mobilidade. O documento foi elaborado a partir do levantamento e diagnóstico anteriores, associado à análise de crescimento urbano, projeções populacionais e demandas de transporte.

Principais Destaques

  • Projeção Populacional e Urbana
    • Crescimento projetado para cerca de 155 mil habitantes até 2040, com forte pressão sobre infraestrutura de transporte e serviços públicos.
    • Expansão urbana tende a se consolidar especialmente em direção ao Anel Viário (Av. André Maggi) e aos bairros Jardim Aeroporto, Parque Universitário e Alto da Boa Vista.
    • Risco de dispersão urbana sem diretrizes claras de adensamento, o que pode gerar maior dependência de automóveis.
  • Transporte Coletivo
    • Mantida a tendência de baixa atratividade do sistema se não houver reestruturação das linhas e ajustes tarifários.
    • Necessidade de reorganização da rede, priorizando linhas troncais e alimentadoras, com integração física e tarifária.
    • Perspectiva de aumento de demanda nos itinerários ligados a polos geradores (frigoríficos, UNEMAT, entre outros).
    • Cenário atual de frota limitada precisa ser revisto para atender crescimento populacional e garantir qualidade.
  • Mobilidade Ativa (Pedestres e Ciclistas)
    • Projeção de maior participação da mobilidade ativa, desde que haja investimentos em infraestrutura cicloviária e acessibilidade universal.
    • Identificadas áreas prioritárias para implantação de ciclovias e qualificação de calçadas, conectando bairros populosos ao centro e polos de emprego/estudo.
    • Enfrentamento de barreiras físicas, como vias de tráfego intenso e ausência de travessias seguras.
  • Tráfego e Circulação Viária
    • Tendência de aumento da frota veicular em ritmo acelerado, com maior pressão sobre vias centrais.
    • Contagens e simulações indicam gargalos críticos nas avenidas Tancredo Neves, Nilo Torres e Ismael José do Nascimento, que devem se intensificar até 2040.
    • Prognóstico recomenda medidas de gestão da demanda de tráfego, incluindo reorganização de sentidos, semaforização inteligente e criação de corredores prioritários.
  • Logística Urbana
    • Previsão de maior impacto de veículos pesados ligados a atividades industriais e de comércio atacadista.
    • Necessidade de diretrizes específicas para zonas de carga e descarga e rotas de veículos de grande porte, reduzindo conflitos com transporte coletivo e tráfego local.
  • Polos Geradores de Viagens
    • Expansão de polos existentes (frigoríficos, comércio central, escolas/universidades, unidades de saúde).
    • Necessidade de readequação viária e de transporte público para absorver o crescimento de viagens geradas.
  • Cenários Considerados
    • Foram avaliados diferentes cenários de crescimento e intervenções, desde a manutenção da situação atual (tendencial) até a adoção de um cenário de referência com medidas de reestruturação do transporte, mobilidade ativa e gestão urbana.
    • O cenário de referência mostra ganhos significativos na eficiência do transporte coletivo, redução da dependência do automóvel e melhoria da acessibilidade urbana.

Conclusão

O Relatório 04 projeta os principais desafios da mobilidade urbana de Tangará da Serra até 2040, evidenciando a necessidade de planejamento integrado entre transporte coletivo, mobilidade ativa e ordenamento do solo urbano. O prognóstico demonstra que, sem ações estruturadas, a cidade tende a enfrentar problemas crescentes de congestionamento, baixa eficiência do transporte coletivo e dificuldades de acessibilidade.

Por outro lado, se adotadas as diretrizes de reorganização do sistema de transporte, incentivo à mobilidade ativa, qualificação da infraestrutura e gestão do tráfego, Tangará poderá avançar para um modelo mais sustentável, inclusivo e eficiente de mobilidade.

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