O estudo encomendado pelo Executivo Municipal que visa a concepção e implementação de ações conjuntas para o saneamento básico do município e fontes para geração de energia, foi apresentado na última terça-feira (11/10) no auditório da ACITS. O próprio presidente do Instituto Movimento Cidades Inteligentes – IMCI, Luigi Longo apresentou os dados catalogados. Esse acordo de cooperação técnica firmado entre a Secretaria Municipal de Planejamento e o instituto tem efetiva participação do SAMAE, a autarquia que faz a gestão da água e resíduos em Tangará da Serra.
O instituto atua em apoio aos municípios. No caso específico, o IMCI foi convidado pelo Prefeito Municipal Vander Masson para fazer um diagnóstico para o saneamento básico do município. Água, esgoto, resíduos sólidos, macrodrenagem e até mesmo geração de energia: “Nós atuamos primeiro entendendo o que o município é, entendendo suas peculiaridades. A partir disso geramos um diagnóstico apresentando um caminho, uma solução de curto, médio e longo prazo. Foi o que fizemos aqui hoje”, explicou o diretor do instituto, Luigi Longo.
Na avaliação do Presidente do IMCI a distribuição da água está boa. Toda a população está abastecida, contudo, os estudos apontaram que o índice de perda no processo de captação, tratamento e distribuição está bastante alto. “Essa é uma realidade do país. Também se gasta bastante energia elétrica para produzir água tratada. Aqui em Tangará da Serra, cerca de 35% do custo de produção é a energia elétrica”, observou.
O esgoto sanitário foi apontado como o grande problema: “Houve erros em gestões passadas, não por culpa necessariamente dos gestores, mas talvez das empresas, dos modelos de contratos, enfim, tudo o que resultou na não entrega das estações de tratamento de esgoto. Esse para mim é o principal tema”, pontuou Luigi Longo, ressaltando que nas questões que envolvem coleta e destinação de resíduos Tangará da Serra está muito bem, à frente de muitos municípios brasileiros.
Na exposição do diagnóstico elaborado pelo IMCI, ficou bem claro que é necessário estudo de viabilidade técnica, de viabilidade econômico financeira, ter sustentação jurídica e uma espécie de licença social (deixar bem claro que é essencial). Para chegar a isso, o instituto sugere uma parceria com a universidade, descrita como entidade competente: “Não envolvendo a academia perdemos em dois aspectos: primeiro em não aproveitar o conhecimento que ela detém e em segundo por não trazer esse conhecimento para perto da gente”, argumentou o presidente do instituto, Luigi Longo.
O planejamento do saneamento básico de Tangará da Serra é mais um passo rumo à implantação do programa Tangará Cidade Inteligente, concebida como uma cidade inclusiva, com gestão tecnológica.
Clairton Weber – Assessoria de imprensa