Sistema de Tratamento de Esgoto de Tangará passará por mudanças urgentes para atender demanda da cidade

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) é responsável pela captação, tratamento e destinação do esgoto da cidade. A nova gestão encontrou inúmeros desafios e problemas para serem sanados e dar garantia de acesso ao serviço a toda a população. O sistema que foi recebido é obsoleto, está sucateado e em certos pontos estava abandonado. Há necessidade de adequações pontuais, mudanças urgentes para dar condições de tratar o esgoto da cidade, diminuindo os impactos ambientais.

A começar pelos impacto sofridos pelo Rio Ararão, manancial que recebe o esgoto tratado da cidade. De acordo com o prefeito Vander Masson e o diretor do Samae, Heliton Oliveira, atualmente o Rio Ararão não tem capacidade de absorver a quantidade de esgoto lançado em virtude de sua baixa vazão, sendo assim, com o crescimento populacional do Município, o rio não tem mais capacidade para suprir toda a demanda.

“Para sanar essa situação, há previsão do emprego de um novo rio para a diluição do esgoto tratado, o Rio Sepotuba, cujo projeto, em processo de elaboração, com previsão de execução da obra e início das operações em 2023”, disse Leto.

Quanto a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) algumas ações corretivas deverão ser desempenhadas ainda este ano, como a manutenção do corte da vegetação, sinalização de riscos associados nas dependências da ETE, manutenção das geomembranas das lagoas, que estão há mais de 8 anos sem qualquer reparo, dragagem do lodo depositado no fundo das lagoas, que se encontram com volume acima do permitido, em virtude da falta de limpeza pela gestão anterior.

Lagoa de tratamento de esgoto na ETE de Tangará da Serra (Neusino Pereira)

“Há limitação na capacidade de esgotamento e tratamento, uma vez que as obras não foram concluídas nos prazos estipulados pelo cronograma, ocasionando as perdas das licenças necessárias para a continuidade do empreendimento. Para a solução do problema estão previstas ações como a construção de três elevatórias e rede alimentadora para interligar os 22% de rede existentes e ainda não ligadas nas regiões da Vila Horizonte, Cohab Tarumã e demais bairros adjacentes”, relata o novo diretor do SAMAE.

Além disso, está prevista a conclusão do reator anaeróbico de fluxo ascendente (RAFA) e mais dois (no mínimo) para otimizar o tratamento de esgoto de toda a área já parcialmente instalada e da nova área de implantação de mais 33,50% de residências que, com a somatória da primeira implantação totalizará aproximadamente 90% de esgoto tratado na cidade.

Também estão previstas outras ações, como a construção de lagoas de estabilização, a manutenção da geomembrana que se encontra parcialmente queimada e inapropriada há alguns anos, além da manutenção no corte de vegetação no pátio da ETE, a sinalização de risco associado na área da ETE e a dragagem do lodo depositado no fundo das lagoas”.

Além disso, a direção do SAMAE já está providenciando a ativação de um financiamento de R$ 25 milhões junto à Caixa Econômica Federal, aprovados desde 2019, e que deixado em segundo plano pela gestão anterior. “Esse financiamento proporcionará a implantação de redes de esgoto em diversos bairros de nossa cidade”, garante Leto.

Alexandre Rolim/Assessoria de Comunicação

Compartilhar: